Roque Langendolff Feltrin(*)
Convidado, por um acadêmico da Unipampa, a me manifestar sobre o programa da Rádio Gaúcha – Debates pelo Rio Grande – realizado no último dia 27 em São Borja, não poderia deixar de expressar minha percepção sobre o mesmo.
Tivemos um plenário lotado para participar de uma discussão instigante e boa, no qual se apontou as deficiências e alguns caminhos a percorrer para que nosso setor primário tenha valor agregado. Eis as pistas: irrigação, energias alternativas a partir do arroz e da cana de açúcar, industrialização da pecuária, desenvolver a cultura empreendedora incutindo uma mudança cultural na população e, por fim, estabelecer um pacto que transcenda e seja maior que as discussões e interesses meramente eleitoral.
Creio, poderíamos ter avançado. Quando falamos em desenvolvimento regional, temos de lembrar que numa região há um conjunto de fatores que a levam ao crescimento ou ao fracasso. Um setor pode estar a frente e alavancar o desenvolvimento dos demais. E assim é nossa terra e nossa região: uma composição de diferentes forças empreendedoras, nos mais diferentes setores.
Nesse sentido, poderíamos ter avançado na discussão de outras questões: temos vocação para o turismo? Deveríamos ter debatido os caminhos a percorrer. A prestação de serviços, setor por excelência no qual é possível despertar pequenos empreendedores com pouco investimento, é possível? O que fazer com os 100 mil caminhões que cruzam nossa fronteira todo o ano para que aqui gerem emprego, renda e mais desenvolvimento? A Usina hidrelétrica de Garabi, ali em Garruchos, antigo distrito de São Borja, que vai investir U$ 8 bilhões, gerar mais de 8 mil empregos, como fazer para que toda a Fronteira possa se beneficiar do desenvolvimento que ela vai ofertar? Quais os caminhos a percorrer para que Garruchos se utilize do nosso comércio, dos nossos serviços, da nossa mão de obra, da nossa infraestrutura logística, do nosso sistema hospitalar e educacional e outros?
E por falar em infraestrutura logística, o arregimentar forças para a recuperação do nosso aeroporto, as ligações asfálticas entre São Borja e Porto Xavier, passando por Garruchos e pela rodovia entre São Borja a Manoel Viana, a reativação da linha férrea São Borja a Santiago, vias que percorrem os caminhos do desenvolvimento e fazem a integração de nossa região são fundamentais e necessárias.
Com o debate fortalecemos nossas convicções, a São Borja que queremos está a caminho, passa pela valorização da educação em todos os níveis e a uma profunda mudança cultural, despertando, desde a juventude, o gosto pelo empreendedorismo, mola propulsora do desenvolvimento.
Organizar as forças ao aprofundamento das discussões, fugindo às rédeas partidárias, me parece o caminho mais lógico. E isso foi proposto com o nome de “governança”. Reconhecer as diferenças e buscar a unidade naquilo nos é comum é um bom encurtar caminho ao ingresso nestes novos tempos que o mundo globalizado nos exige. Só assim teremos a São Borja que queremos.
(*) Vereador
Convidado, por um acadêmico da Unipampa, a me manifestar sobre o programa da Rádio Gaúcha – Debates pelo Rio Grande – realizado no último dia 27 em São Borja, não poderia deixar de expressar minha percepção sobre o mesmo.
Tivemos um plenário lotado para participar de uma discussão instigante e boa, no qual se apontou as deficiências e alguns caminhos a percorrer para que nosso setor primário tenha valor agregado. Eis as pistas: irrigação, energias alternativas a partir do arroz e da cana de açúcar, industrialização da pecuária, desenvolver a cultura empreendedora incutindo uma mudança cultural na população e, por fim, estabelecer um pacto que transcenda e seja maior que as discussões e interesses meramente eleitoral.
Creio, poderíamos ter avançado. Quando falamos em desenvolvimento regional, temos de lembrar que numa região há um conjunto de fatores que a levam ao crescimento ou ao fracasso. Um setor pode estar a frente e alavancar o desenvolvimento dos demais. E assim é nossa terra e nossa região: uma composição de diferentes forças empreendedoras, nos mais diferentes setores.
Nesse sentido, poderíamos ter avançado na discussão de outras questões: temos vocação para o turismo? Deveríamos ter debatido os caminhos a percorrer. A prestação de serviços, setor por excelência no qual é possível despertar pequenos empreendedores com pouco investimento, é possível? O que fazer com os 100 mil caminhões que cruzam nossa fronteira todo o ano para que aqui gerem emprego, renda e mais desenvolvimento? A Usina hidrelétrica de Garabi, ali em Garruchos, antigo distrito de São Borja, que vai investir U$ 8 bilhões, gerar mais de 8 mil empregos, como fazer para que toda a Fronteira possa se beneficiar do desenvolvimento que ela vai ofertar? Quais os caminhos a percorrer para que Garruchos se utilize do nosso comércio, dos nossos serviços, da nossa mão de obra, da nossa infraestrutura logística, do nosso sistema hospitalar e educacional e outros?
E por falar em infraestrutura logística, o arregimentar forças para a recuperação do nosso aeroporto, as ligações asfálticas entre São Borja e Porto Xavier, passando por Garruchos e pela rodovia entre São Borja a Manoel Viana, a reativação da linha férrea São Borja a Santiago, vias que percorrem os caminhos do desenvolvimento e fazem a integração de nossa região são fundamentais e necessárias.
Com o debate fortalecemos nossas convicções, a São Borja que queremos está a caminho, passa pela valorização da educação em todos os níveis e a uma profunda mudança cultural, despertando, desde a juventude, o gosto pelo empreendedorismo, mola propulsora do desenvolvimento.
Organizar as forças ao aprofundamento das discussões, fugindo às rédeas partidárias, me parece o caminho mais lógico. E isso foi proposto com o nome de “governança”. Reconhecer as diferenças e buscar a unidade naquilo nos é comum é um bom encurtar caminho ao ingresso nestes novos tempos que o mundo globalizado nos exige. Só assim teremos a São Borja que queremos.
(*) Vereador