quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Subcomissão de saúde da Câmara se reúne com representantes do Hospital Ivan Goulart


No dia 01 de agosto, foi realizada através da subcomissão de saúde da Câmara de Vereadores, uma reunião para debater questões referentes a saúde pública do município. Estiveram presentes no encontro os integrantes da subcomissão de saúde, vereadores Jeovane Contreira, Farelo Almeida e Eugênio Dutra, mais os vereadores Roque Feltrin, Valério Cassafuz, André Dubal e João Carlos Reolon, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Neuza Rambo e Pedro Salaberry, o provedor do Hospital Infantil Ivan Goulart, Sérgio Seitenfus e o administrador do hospital, Marcelo Borges.

A finalidade da reunião, proposta pelo presidente da subcomissão, vereador Jeovane Contreira, era de ouvir os representantes do hospital e da Secretaria de Saúde, porém em virtude de laudo médico do Secretário de Saúde Jeferson Homrich só foi possível ouvir os representantes do Hospital Ivan Goulart. Na oportunidade, os vereadores expressaram suas preocupações quanto ao rumo que a saúde vêm tomando em São Borja e também quanto ao tom das discussões entre o hospital e a Prefeitura Municipal. O ponto principal de debate na reunião foi a possibilidade de descredenciamento da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e do pronto socorro do hospital, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre alguns comentários que haviam surgido na cidade, o provedor do hospital, Sérgio Seitenfus, deixou claro que não há política partidária dentro da instituição e que a exposição dos problemas do hospital nos meios de comunicação, foi uma determinação da diretoria da instituição e não é ataque a nenhum político ou pessoa pública, ou seja, não tem qualquer conotação de caráter particular ou de política partidária, e que é sim, uma necessidade do hospital de mostrar à comunidade a difícil situação financeira pela qual está passando. Seitenfus também explicou que com o fechamento do hospital São Francisco em 2004, houve uma incorporação dos serviços e também da dívida do instinto estabelecimento de saúde, ao Hospital Infantil, o que agravou a crise financeira da instituição.

Os representantes do hospital esclareceram que a instituição possui atualmente uma dívida de 15 milhões, sendo que apenas com a UTI são 112 mil reais mensais de prejuízo e com o pronto atendimento mais 48 mil, o que acumula um deficit de 160 mil reais mensais. Para minimizar os problemas, uma das medidas propostas pelo hospital é de que o Poder Executivo pague um valor maior pelos atendimentos realizados no pronto socorro. Hoje, o hospital atende aproximadamente 5430 pessoas no pronto atendimento e a Prefeitura paga 21 reais por cada paciente atendido; o hospital propõe um reajuste nesse valor e que o Executivo passe a pagar 32 reais pelos atendimentos. Foi relatado pelos dirigentes do hospital que se não houver o auxílio do poder público municipal, em 15 dias, poderá haver o fechamento da UTI, pois segundo eles, não há mais como prolongar o problema, já que a dívida não pode mais ser suportada pelo Hospital.

Durante a reunião, tanto o hospital quanto o Poder Legislativo concordaram que o descredenciamento da UTI do SUS acarretaria danos muito graves a população de São Borja e colocaria a vida de milhares de pessoas que dependem do SUS em risco, levando em consideração que a UTI mais próxima de São Borja fica a 120km de distância, ou seja, muito longe para pacientes que correm risco de vida e necessitam do atendimento com urgência.

No encontro, também foram debatidas a cobrança de estacionamento no hospital e a resolutividade dos PSF's, sendo que foi definido que a direção do Ivan Goulart oficializará uma proposta para administrar os PSF's e fará uma nova proposta de valores de todos os seus serviços, contando com o apoio dos vereadores e da Prefeitura, pois somente desta forma poderá amenizar os seus prejuízos e continuar a atender a população de São Borja e região. A sub-comissão de saúde da câmara pretende na quarta-feira reunir-se como secretário da saúde, Jeferson Homrich e saber dele qual a possibilidade no atendimento das reivindicações da administração da fundação Ivan Goulart. Também ficou acertado que na próxima quinta-feira, 04/08, será realizada uma nova reunião na Câmara de Vereadores entre o Executivo, o Legislativo e o hospital para finalmente anunciar uma decisão que possa ou não impedir o descredenciamento do atendimento pelo SUS e o fechamento da UTI.

O vereador Jeovane Contreira destacou que o Legislativo intermediará as negociações entre o Executivo e o Hospital, a fim de que se chegue em uma proposta que beneficie ambas as partes e principalmente a população são-borjense.

Redação: Assessoria CMVSB
Imagem: Assessoria CMVSB

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